Olá, Turma!
Desejo que todos estejam bem e dentro de casa!
Tema: Caricatura
– parte 2.
O Tico-Tico – Marco de
nossas publicações infantis.
No mês de outubro de 1905,
aparecia a revista carioca. O Tico-Tico, publicação de O Malho, para crianças.
Foi no dia 11, tendo no cabeçalho ( desenhado por Angelo Agostini), o dia da
semana como sendo quinta-feira, quando, na verdade, era quarta. Isso só foi
corrigido na edição fac-símile, em 1955, do número 1, na publicação
comemorativa dos cinqüenta anos da revista.
O Tico-Tico vinha com cores,
16 páginas, dois tipos diferentes de papel. Tinha quatro páginas coloridas e as
demais, em vez de preto, eram impressas em verde ou vermelho.
(...)
O jornal A Tribuna saudou a
revista. O Tico-Tico como a melhor publicação lançada por O Malho. A
correspondência era enorme. As crianças escreviam muito e participavam
entusiasticamente dos concursos lançados.
(...) Os pesquisadores se
dividem quanto à origem do título O Tico-Tico, mas no número 7 da revista, é
iniciada uma seção intitulada “A Gaiola d’O Tico-Tico, demonstrando claramente
que a inspiração veio do nome do passarinho, versão confirmada, anos depois,
pela filha do jornalista Luiz Bartolomeu de Souza e Silva, fundador da pública.
Bartolomeu tinha seguido uma sugestão de Renato de Castro e teve a colaboração
do professor Manuel Bonfim.
Um dos maiores ilustradores
nacionais, J. Carlos colaborou desde o início com a revista. Na edição de
número 2 ele já tinha uma página em cores: “O Velho Casal a Fada e a Linguiça”.
(...) No número 5, um
italiano radicado no Brasil, que viria a se tornar um dos mais importantes
chargistas do nosso país, Angelo Agostini, comparece como um dos pioneiros na
feitura de historietas ilustradas (com o suíço Topffer e o alemão Busc,
ocupando duas páginas, em preto e branco com “História do pai João” (Cenas do
Tempo da Escravidão). Mais adiante, no número 8 da revista, Agostini lança com
seu desenho magistral, em duas páginas pretas e brancas, “História do Macaco e
Chico Caçador”.
(...)
A partir de 1934, com o
lançamento do Suplemento Infantil, de Adolfo Aizen, começou a crise de O
Tico-Tico. Aizen lançava, em formato tablóide, as tiras diárias e as páginas
dominicais dos últimos sucessos norte-americanos: Flash Gordon, Buck Rogers,
Tarzan, Mandrake, Disney, Terry, Aninha, Jim das Selvas, X-9, Tim e Tom... E
quadrinhos brasileiros, principalmente de Monteiro Filho.
O Tico-Tico não se
atualizava. Por isso, foi perdendo força. A década de 40 foi difícil para a
revista que com seu estilo europeu, tinha de enfrentar os super-heróis made in
USA: Superman, Batman, Capitão América, Capitão Marvel, em forma de gibi, com
histórias completas. Além de Aizen, Roberto Marinho e Assis Chateaubriand
entraram nessa área.
Foi uma batalha inglória.
Defasado, envelhecido, no final da década de 50, a sua circulação tornou-se
irregular. Ainda teve algumas edições especiais no início da década de 60,
principalmente almanaques. Depois disso, infelizmente, O Tico-Tico, marco pioneiro
das notas publicações infantil, deixou de circular.
Símbolo de uma época em que
havia mais encantamento povoou, durante cinco décadas, corações e mentes de
milhares de crianças brasileiras. Muitos, ainda hoje, associam as doces
lembranças da longínqua infância á alegria com que recebiam cada edição de O
Tico-Tico.
(Revista Abigraf, novembro/dezembro,
1995.)
Atividade: Para
fazer caricaturas você precisou observar bastante as expressões faciais das
pessoas. Aproveite essas observações para criar um personagem como o das
histórias em quadrinhos. Ele pode ter qualquer aparência, mas deve ter seu
sentimento, ou seja, esse personagem é você.
Agora pense como você é em
cada dia da semana e desenhe. Por exemplo: Como você está na segunda-feira?
Alegre, triste com sono ou cansado (a)? E na terça? Está triste porque ainda
faltam quatro dias para o sábado?
Utilize o espaço e o material de sua preferência (lápis preto ou de cor, canetas hidrográficas, etc.)
Atividades serão entregues no retorno às aulas presenciais.
Dúvidas: E-mail: andersocno@yahoo.com.br
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