quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A Exaltação de Aninha (o professor) - Cora Coralina (Elevar).


Cora Coralina

Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.
Sem vós tudo seria baço e a terra escura.
Professor, faze de tua cadeira,
a cátedra de um mestre.
Se souberes elevar teu magistério,
ele te elevará à magnificência.
Tu és um jovem, sê, com o tempo e competência,
um excelente mestre.

Meu jovem Professor, quem mais ensina e quem mais aprende?
O professor ou o aluno?
De quem maior responsabilidade na classe,
do professor ou do aluno?
Professor, sê um mestre. Há uma diferença sutil
entre este e aquele.
Este leciona e vai prestes a outros afazeres.
Aquele mestreia e ajuda seus discípulos.
O professor tem uma tabela a que se apega.
O mestre excede a qualquer tabela e é sempre um mestre.
Feliz é o professor que aprende ensinando.
A criatura humana pode ter qualidades e faculdades.
Podemos aperfeiçoar as duas.
A mais importante faculdade de quem ensina
é a sua ascendência sobre a classe
Ascendência é uma irradiação magnética, dominadora
que se impõe sem palavras ou gestos,
sem criar atritos, ordem e aproveitamento.
É uma força sensível que emana da personalidade
e a faz querida e respeitada, aceita.
Pode ser consciente, pode ser desenvolvida na escola,
no lar, no trabalho e na sociedade.
Um poder condutor sobre o auditório, filhos, dependentes, alunos.
É tranquila e atuante. É um alto comando obscuro
e sempre presente. É a marca dos líderes.

A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas.
Caminhos certos e errados, encontros e desencontros
do começo ao fim.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
O melhor professor nem sempre é o de mais saber,
é sim aquele que, modesto, tem a faculdade de transferir
e manter o respeito e a disciplina da classe.

Lições de professores que aprendemos para toda a vida.







terça-feira, 12 de outubro de 2021

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS



Feliz dia das crianças! Hoje é dia de homenagear as crianças, as que ainda são, mas também as que já cresceram. Pois um dia também foram crianças, e basta um pequeno esforço para recordar toda a mágica desse tempo.

Aos que hoje abandonaram essa criança ao passado, e se recusam a deixá-la regressar, eu digo que estão cometendo um terrível erro. Pois crescer e amadurecer não deve significar ser sério, cínico e desapaixonado.

Além disso não há nada melhor que por uma vida inteira carregar no coração o sonho e a ilusão de uma criança.

Hoje eu quero desejar um dia maravilhoso para todas as crianças que são o futuro deste país, lembrando a sua importância e que as devemos cuidar, proteger e orientar.

Mas quero também homenagear todos aqueles que através do tempo souberam manter a sua criança interior viva, e também a criança que todos nós fomos um dia.




 

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Festival Afrominuto 2021 vai premiar com um Kindle os melhores trabalhos sobre Lima Barreto

O concurso de vídeo da 6ª edição do Festival Afrominuto 2021 vai premiar os estudantes que produzirem os melhores conteúdos audiovisuais sobre a vida, a obra e o protagonismo do escritor Lima Barreto (1881-1922)autor de “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, “Triste Fim de Policarpo Quaresma” e tantos outros livros que compõem o acervo da literatura brasileira.

Todos os alunos da rede pública estadual de ensino estão convidados a participar. O vídeo pode ser produzido de forma individual ou em grupo de até três estudantes com a supervisão de um professor orientador.

A escola deve eleger apenas uma produção por nível de ensino (EFAI, EFAF, EM e EJA) para participar do concurso, e as produções selecionadas devem ser encaminhadas até 18/10 para o e-mail do Núcleo Pedagógico de sua respectiva DE. Clique aqui para conferir os critérios de envio. 

Aproveite essa oportunidade para incentivar a criatividade e o interesse dos estudantes pela cultura afro-brasileira e pelos novos formatos de conteúdo!

Os prêmios

O melhor trabalho em cada um dos níveis de ensino será premiado com livros de literatura afro-brasileira, um Kindle e um certificado de participação emitido pela Faculdade Zumbi dos Palmares.

Os professores orientadores e a escolas vencedoras também receberão um acervo da literatura afro-brasileira e um certificado de participação.

O concurso

O concurso tem como objetivo fomentar o reconhecimento, a valorização e o respeito à diversidade étnico-racial brasileira e à cultura afro-brasileira e africana a partir de produções audiovisuais que dialoguem com a Lei nº 10.639/03 e Parecer CNE/CP nº 03/2004, com o Estatuto da Igualdade Racial e a promoção de uma educação antirracista.

O Festival Afrominuto – Flink Sampa/2021 é promovido pela Faculdade Zumbi dos Palmares e pela Seduc-SP, por intermédio do CINC/DEMOD/COPED e do CREMC/EFAPE.

Informações importantes

Concurso de vídeo do Festival Afrominuto 2021 
Prazo: de 30/08 a 18/10
Público-alvo: todos os estudantes da rede estadual de ensino
Mais detalhes no link:


📒ELETIVA - 4º BIMESTRE ATIVIDADE DA SEMANA 01.10.21 A 15.10.21 - 6ºC📒

Olá, Turma! Desejo que todos estejam bem e dentro de casa!

Tema: As duas flores.

Objetivo: Aprender a escutar, ler, compreender, interpretar, declamar e produzir poemas.
Reconhecer e fazer uso de recursos da linguagem poética, como sonoridade e diferentes significados.

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho 
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas 
Das duas asas pequenas 
De um passarinho do céu…
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos 
Das profundezas do olhar…
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas… ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntas as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Autor: Castro Alves.

Atividade: Responda por escrito às questões por escrito.

1) O que este poema fala?
2) Construa uma releitura deste poema em forma de quadrinhos.


Dúvidas: E-mail: andersonfreitas@prof.educacao.sp.gov.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Feliz Primavera - 22.09.21

PRIMAVERA
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.




quinta-feira, 16 de setembro de 2021

📒ELETIVA - 3º BIMESTRE ATIVIDADE DA SEMANA 16.09.21 A 30.09.21 - 6ºC📒

Olá, Turma! Desejo que todos estejam bem e dentro de casa!

Tema: A canção do Africano.

Objetivo: Aprender a escutar, ler, compreender, interpretar, declamar e produzir poemas.
Reconhecer e fazer uso de recursos da linguagem poética, como sonoridade e diferentes significados.

Lá na úmida senzala.
Sentado na estreita sala.
Junto ao brasileiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto 
Saudades do seu torrão…

De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava
Que tem no colo a embalar…
E à meia-voz lá responde 
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez p’ra não o escutar!

“Minha terra é lá bem longe,
Das bandas se onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia:
Ninguém sabe como é belo 
Ver de tarde a papa ceia!

“Aquelas Terras tão grande,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar…

“Lá todos vivem felizes.
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro”.

O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
P’ra não acordar com pranto 
O seu filhinho a sonhar!

O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado.
Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
 Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!

Autor: Castro Alves.

Atividade: Responda por escrito às questões por escrito.

1) Você concorda que esse poema é lindo?
2) Você acreditava que alguém poderia escrever um poema sobre escravidão no Brasil?


Dúvidas: E-mail: andersonfreitas@prof.educacao.sp.gov.br

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio.

O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o 

Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

O Setembro Amarelo é uma iniciativa do 

Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria

Segundo a Associação Catarinense de Psiquiatria, a cor da campanha foi adotada por causa da história que a inspirou:

Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida em seu Mustang 1968 amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espalhando mundo afora.[7]

O carro era um Mustang 68, restaurado e pintado de amarelo pelo próprio Mike. Os pais de Mike, Dale Emme e Darlene Emme, iniciaram a campanha do programa de prevenção do suicídio "fita amarela", ou "yellow ribbon",