Feliz dia das crianças! Hoje é dia de homenagear as crianças, as que ainda são, mas também as que já cresceram. Pois um dia também foram crianças, e basta um pequeno esforço para recordar toda a mágica desse tempo.
Aos que hoje abandonaram essa criança ao passado, e se recusam a deixá-la regressar, eu digo que estão cometendo um terrível erro. Pois crescer e amadurecer não deve significar ser sério, cínico e desapaixonado.
Além disso não há nada melhor que por uma vida inteira carregar no coração o sonho e a ilusão de uma criança.
Hoje eu quero desejar um dia maravilhoso para todas as crianças que são o futuro deste país, lembrando a sua importância e que as devemos cuidar, proteger e orientar.
Mas quero também homenagear todos aqueles que através do tempo souberam manter a sua criança interior viva, e também a criança que todos nós fomos um dia.
O concurso de vídeo da 6ª edição doFestival Afrominuto 2021vai premiar os estudantes que produzirem os melhores conteúdos audiovisuais sobre a vida, a obra e o protagonismo do escritorLima Barreto (1881-1922), autor de “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, “Triste Fim de Policarpo Quaresma” e tantos outros livros que compõem o acervo da literatura brasileira.
Todos os alunos da rede pública estadual de ensino estão convidados a participar. O vídeo pode ser produzido de forma individual ou em grupo de até três estudantes com a supervisão de um professor orientador.
A escola deve eleger apenas uma produção por nível de ensino (EFAI, EFAF, EM e EJA) para participar do concurso, e as produções selecionadas devem ser encaminhadas até 18/10 para o e-mail do Núcleo Pedagógico de sua respectiva DE. Clique aqui para conferir os critérios de envio.
Aproveite essa oportunidade para incentivar a criatividade e o interesse dos estudantes pela cultura afro-brasileira e pelos novos formatos de conteúdo!
Os prêmios
O melhor trabalho em cada um dos níveis de ensino será premiado com livros de literatura afro-brasileira, um Kindle e um certificado de participação emitido pela Faculdade Zumbi dos Palmares.
Os professores orientadores e a escolas vencedoras também receberão um acervo da literatura afro-brasileira e um certificado de participação.
O concurso
O concurso tem como objetivo fomentar o reconhecimento, a valorização e o respeito à diversidade étnico-racial brasileira e à cultura afro-brasileira e africana a partir de produções audiovisuais que dialoguem com a Lei nº 10.639/03 e Parecer CNE/CP nº 03/2004, com o Estatuto da Igualdade Racial e a promoção de uma educação antirracista.
O Festival Afrominuto – Flink Sampa/2021 é promovido pela Faculdade Zumbi dos Palmares e pela Seduc-SP, por intermédio do CINC/DEMOD/COPED e do CREMC/EFAPE.
Informações importantes
Concurso de vídeo do Festival Afrominuto 2021
Prazo:de 30/08 a 18/10
Público-alvo:todos os estudantes da rede estadual de ensino
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.